O mundo apresenta-se, a princípio, ao recém-nascido sob a figura de sensações imanentes; êle ainda se acha mergulhado no seio do Todo como no tempo em que habitava as trevas do ventre; seja criado no seio ou na mamadeira, é envolto pelo calor da carne materna. Fugindo à sua liberdade, à sua subjetividade, êle gostaria de perder-se no seio do Todo: aí se encontra a origem de seus devaneios cósmicos e panteísticos, de seu desejo de esquecimento, de sono, de êxtase, de morte. Êle nunca consegue abolir seu eu separado: pelo menos deseja atingir a solidez do em-si, ser petrificado na coisa; é, singularmente, quando imobilizado pelo olhar de outrem, que se revela a si mesmo como um ser.
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